(Henrique Borralho e Patrícia Luzio)
Escopo
abaloado
largo
transparente
estreitando-se
ao final
um
líquido seminal escarlate
É de ocean
é de
oceano
transportado
por mares
inebriando
os navegantes
Rodopiando
tantas palavras
cegas e
mudas
tateantes
em busca
de lugar para se sentar
e ficar
Se
chacoalhar
mexe
Se parar
enlouquece
As
palavras saltam do escopo fino e abaloado
para
dentro de um recipiente
cheio de
gente
querendo
dizer
o que
o pensar reto
não
abriga
Sinuosamente,
talvez
Não tem
seta
nem
direção
só efusão
emoção
Se
mistura com o fio leve
subindo
sorrateiramente
rabiscando
linguagens indecifráveis
faladas
por aqueles que vão
nas
enxurradas sem endereço
mas
sabidos que algo haverá por ali.
Esse momento do blog está intenso, criativo, pleno das rimas com versos e reversos. Parabéns!
ResponderExcluirvamos que vamos fátima. não consigo parar de escrever
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